Mais de 400 educadores se reúnem para construir o Documento Curricular do Território Maranhense

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Felipe Camarão participa da abertura do seminário
Aberto nesta terça-feira (6) o Seminário Regional de São Luís para Construção do Documento Curricular do Território Maranhense: etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental. O evento, que segue até quarta-feira (7), é o quarto de seis seminários a serem realizados no estado, como forma de consultas públicas presenciais, para referenciar as propostas pedagógicas e o trabalho educativo das escolas municipais maranhenses.

O objetivo é construir, com base na educação das redes municipais, caminhos em direção a uma sociedade justa, democrática e inclusiva. O seminário é promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em parceria com a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME).

Participam do evento 417 educadores, entre coordenadores estaduais da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), redatores especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), articuladores regionais da Seduc e da Undime. Durante o seminário os educadores irão debater as várias propostas prévias que compõem o documento inicial, além de poder propor modificações e apresentar novas propostas.

“Este seminário tem por objetivo apresentar à sociedade civil o documento curricular para o território maranhense, conforme foi pactuado com a Undime. Esse documento é como se fosse uma base estadual, um referencial que está sendo construído com base na BNCC”, explicou a professora Socorro Fortes, coordenadora estadual da Seduc para a implantação da BNCC no estado.

De acordo com Socorro, o documento irá estabelecer os direitos de aprendizagens, ou as aprendizagens essenciais para os alunos das etapas do Ensino Infantil e Fundamental I e II. Esse documento será apresentado à sociedade civil para consulta pública presencial, uma vez que já está disponível a consulta pública online na plataforma do MEC.

O secretário Felipe Camarão participou da solenidade de abertura do seminário e destacou que o fortalecimento do regime de colaboração com os municípios, com foco na qualidade do ensino e no aprendizado do aluno, está entre as prioridades do Governo para a educação.

“Não adianta estruturar as escolas estaduais e abandonar as escolas municipais. Por isso, nos próximos quatro anos nós estenderemos o Programa Escola Digna a todos os 2017 municípios maranhenses, com assessoria técnico-pedagógica, que inclui formação de professores com foco na qualidade do ensino e na aprendizagem do aluno”, disse Felipe Camarão.

“É um avanço, acima de tudo democrático, dialógico e de atualização, trazendo modernidade para a educação básica. E o Estado, por meio da Seduc, ajuda, auxilia os municípios nessa construção do documento, com tratamento horizontal com as prefeituras, como tem que ser”, completou Felipe.

O ex-ministro da Educação, Henrique Paim, consultor da Fundação Getúlio Vargas, responsável pela redação do documento, destacou a preocupação do Governo do Maranhão em apoiar e fortalecer a educação nos municípios.

“A gente vê por parte do governo estadual a preocupação em dar apoio aos municípios. E esse documento vai contribuir para aproximar, ainda mais, o estado dos municípios, esse regime de colaboração é fundamental”, frisou  Paim.

De acordo com Henrique, o regime colaborativo também aproxima os representantes municipais, que se encontram e trocam ideias e experiências.

“Outra questão que vejo com muita felicidade em cada um e cada uma que está aqui, é um sentimento de esperança. Quando o educador perde isso, a educação deixa de ter sentido para ele, a nação perde a esperança. E eu vejo a esperança de que a gente construa no Maranhão uma referência curricular a partir da BNCC, que traga para o estado uma esperança de um novo momento”, acrescentou Paim.

Neste primeiro dia do seminário foram realizadas cinco palestras e debates como: ‘Análise da realidade maranhense com ênfase no IDEB’; ‘O processo de construção do documento curricular do território maranhense’; ‘Os elementos que compõem a introdução ao documento’; entre outros aspectos da BNCC.

“É uma oportunidade única e muito relevante, porque dá a todos os maranhenses a possibilidade de serem representados na proposta curricular para o Maranhão”, disse Antônio José Ribeiro, secretário adjunto de Milagres do Maranhão.

“Espero que esse documento atenda realmente as expectativas de aprendizagem, aquilo que os nossos alunos precisam aprender sobre si, sobre seu local de vivência, sua escola, seu município, uma vez que a BNCC nos dá essa abertura de começar do local para o global”, concluiu o adjunto.

SEDUC-MA